Trump ordena novo censo e exige que imigrantes irregulares não sejam contados
Trump ordena novo censo que excluirá migrantes irregulares, potencialmente provocando mudanças no Congresso e no colégio eleitoral. A decisão surge em um contexto de tentativa dos republicanos de redesenhar o mapa eleitoral antes das eleições de meio de mandato.
Donald Trump anunciou um novo censo excluindo migrantes irregulares, um ano antes das eleições de meio de mandato nos EUA.
O censo populacional ocorre a cada 10 anos, com a próxima realização prevista para 2030. É vital para redesenhar mapas eleitorais, influenciando votos no colégio eleitoral, cadeiras do Congresso e alocação de fundos federais.
No seu primeiro mandato (2017-2021), Trump tentou incluir uma pergunta sobre cidadania no censo de 2020, mas foi barrado pela Suprema Corte.
Agora, com uma maioria conservadora na Suprema Corte, Trump declarou: "As pessoas que estão em nosso país ilegalmente NÃO SERÃO CONTADAS NO CENSO".
Entre 2022 e 2023, a população imigrante aumentou em 1,6 milhão, totalizando 47,8 milhões de migrantes nos EUA, dos quais quase três quartos estão legalmente.
O Pew Research Center indicou que a exclusão de migrantes irregulares poderia ter feito a Califórnia perder cadeiras no Congresso em 2020.
O anúncio surge enquanto os republicanos buscam modificar o mapa eleitoral no Texas, visando aumentar assentos no Legislativo local. Dezenas de congressistas democratas tentam obstruir a votação, e o governador Greg Abbott ordenou prisões.