Trump pode repetir tática de Putin para atacar o Irã, diz pesquisador
A incerteza sobre a participação dos Estados Unidos em um potencial conflito com o Irã gera debate entre especialistas. O futuro da tensão entre Irã e Israel pode ser impactado por decisões que vão além do presidente Trump, envolvendo o Congresso e estratégias militares.
Incertezas sobre o envolvimento dos EUA no conflito Irã-Israel: A decisão do presidente Donald Trump de intervir militarmente depende do Congresso, mas ele pode contornar isso com ações limitadas. Na quarta-feira, 18, Trump declarou sua dúvida sobre atacar o Irã.
O pesquisador Leonardo Paz Neves sugere que Trump pode adotar uma estratégia semelhante à de Putin na Guerra da Ucrânia, usando termos alternativos para evitar chamar de guerra.
Segundo Neves, se os EUA entrarem no conflito, podem destruir a usina de Fordo, impactando negativamente o programa nuclear iraniano. Para Israel, o objetivo é derrubar o governo iraniano, possibilitando instabilidade interna.
Sobre a autorização do Congresso: Para uma guerra declarada, Trump precisa de aprovações, mas pode realizar ataques limitados sem essa autorização. A expectativa é que, se houver ações, sejam em operações aéreas e não por tropas terrestres.
A atuação atual dos EUA é defensiva, ajudando Israel a interceptar mísseis, mas sem ações ofensivas significativas. Se os EUA não se envolverem diretamente, o conflito pode se prolongar, já que Israel não possui capacidade sozinha para lidar com o projeto nuclear iraniano.
Neves considera que uma negociação é uma possibilidade, embora remota, através de um cessar-fogo que poderia levar a um acordo desfavorável ao Irã.
Impacto no futuro do Irã: O país está fragilizado, mas um ataque pode não resultar em uma vitória clássica para Israel. A eficácia militar de ambos os lados será determinante para o desfecho.
A situação no Oriente Médio pode se intensificar; Israel é visto como um estabilizador, mas sua atuação tem gerado condenações internacionais.
Papel da Rússia: A Rússia mantém relações com o Irã, mas sua situação interna e pressão na Ucrânia limitam sua capacidade de ajuda. O foco global está em Israel.
Brasil no Brics: A cúpula do Brics pode abordar o conflito, e a expectativa é que uma declaração condene a invasão israelense. Os membros podem moderar críticas para não configurar a plataforma como anti-ocidente.
Posição da China: A China, atualmente em compasso de espera, pode apoiar o Irã com materiais, mantendo relações diplomáticas, mas evitando qualquer colapso do país.