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Trump põe sua Presidência em jogo com entrada dos EUA em guerra contra Irã

Trump assume uma postura belicista ao atacar o Irã, desafiando sua imagem de pacificador e arriscando uma escalada no conflito no Oriente Médio. A reação de Teerã e a aceitação interna nos EUA serão cruciais para determinar o rumo de sua política externa.

Donald Trump fez uma aposta decisiva em sua política externa ao atacar o Irã no sábado (21), unindo-se à guerra de Israel contra a República Islâmica.

A principal premissa de Trump é que o Irã está enfraquecido. Assim, sua intervenção pode ser vista como uma ação limitada e bem-sucedida, podendo levar Teerã a buscar um acordo ao invés de retaliar.

Se bem-sucedido, o presidente dos EUA poderá eliminar a ameaça nuclear iraniana a um custo baixo, mas aumenta o risco de instabilidade no Oriente Médio, colocando em risco a segurança dos EUA e de Israel.

Brian Katulis, do Middle East Institute, alerta que o regime iraniano ainda tem capacidade operacional letal, o que pode gerar mais instabilidade e terror.

Trump, que se apresentava como um pacificador em sua campanha para 2024, agora vê o ataque ao Irã como uma maneira de garantir um legado militar. Durante o ataque, ele declarou: "Haverá paz ou haverá tragédia para o Irã".

Sua postura belicosa contrasta com posicionamentos anteriores. No início de 2020, ele já havia realizado uma operação militar de alto risco contra o comandante iraniano Qassim Suleimani.

Após um aviso a Teerã sobre o risco de ações militares, sua abordagem foi criticada por legisladores, incluindo Alexandria Ocasio-Cortez, que pediu impeachment, e Chris Van Hollen, que lembrou a necessidade de autorização do Congresso.

Embora 51% dos americanos desaprovem seu governo, Trump tem apoio entre alguns republicanos, que veem sua ação como parte da política de "América Primeiro".

Segundo Aaron David Miller, a situação pode se complicar se a guerra se expandir, o que impactará a opinião pública. No entanto, o cenário atual permanece incerto, e consequências futuras ainda são imprevisíveis.

Jack Reed resumiu: "Esta foi uma aposta massiva do presidente Trump, e ninguém sabe ainda se ela vai compensar."

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