Trump pressiona farmacêuticas para reduzirem preços até final de setembro
Trump cobra comprometimento das farmacêuticas para reduzir preços de medicamentos, citando ações severas em caso de não cumprimento. A pressão do presidente provoca queda nas ações do setor e intensifica o lobby das empresas.
Donald Trump exigiu compromissos de 17 empresas farmacêuticas para reduzir preços de remédios, intensificando esforços para cortar custos. As cartas, enviadas em 31 de agosto, fixam prazo até 29 de setembro.
Trump alertou que utilizará todas as ferramentas para proteger as famílias americanas dos preços abusivos, sem detalhar possíveis consequências.
Após o anúncio, os preços das ações de várias farmacêuticas caíram, incluindo:
- AstraZeneca
- Merck
- Regeneron
- Eli Lilly
- Novo Nordisk
- Pfizer
- GSK
A Roche e a Takeda Pharmaceuticals não estavam na lista de Trump, mas a subsidiária Genentech recebeu uma carta.
As cartas solicitaram:
- Aplicação do princípio de preço da nação mais favorecida ao Medicaid.
- Que novos medicamentos sejam vendidos pelo mesmo preço nos EUA e em outros países desenvolvidos.
- Vendas diretas ao consumidor para eliminar intermediários.
As exigências seguem a promessa de Trump de reduzir preços em 80%. Não está claro se ele pode implementar controles de preços.
Desde setembro de 2020, tentativas semelhantes enfrentaram desafios legais, interrompendo esforços anteriores.
O setor de saúde do S&P caiu 2,7% este ano, em contraste ao aumento de 8% do S&P 500. O lobby farmacêutico aumentou, com a Phrma gastando US$ 20 milhões em 2025, um recorde.
A Merck e a Eli Lilly também fizeram investimentos recordes em lobby este ano, enquanto o governo Trump propôs tarifas para o setor farmacêutico, que se ignoradas pelos investidores.