Trump pretende taxar todos os setores se incluir Brasil em tarifaço, diz fonte da Casa Branca

Donald Trump pretende aplicar uma sobretaxa a todos os bens importados do Brasil se o país for incluído no tarifaço que será anunciado em 2 de abril.

Uma autoridade da Casa Branca informou que, se o Brasil for tarifado, a política será linear e abrangerá toda a pauta exportadora brasileira.

Segundo essa fonte, todos os países considerados "desleais" comercialmente sofrerão tarifas uniformes.

Trump chamou 2 de abril de "dia da libertação" em relação à sua política de tarifas recíprocas, seguida da aplicação de barreiras sobre aço e alumínio em março.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o foco será em “países que, em particular, têm explorado os Estados Unidos”.

Há incertezas sobre as medidas, pois inicialmente, esperava-se que as tarifas atingissem apenas o etanol brasileiro.

O diagnóstico atual é que o Brasil pode enfrentar uma restrição linear de acesso ao mercado dos EUA, gerando sérias consequências econômicas.

Trump recentemente indicou que seu tarifaço será mais flexível do que recíproco, complicando ainda mais a situação.

Além disso, fontes da Casa Branca discutem fatores tarifários e não tarifários para determinar as sobretaxas, mas há possibilidades de tratar a questão apenas por tarifas, o que iniciaria um cenário preocupante para o Brasil.

O Brasil também é mencionado em listas de países com desequilíbrio comercial em relação aos EUA, aumentando a especulação sobre sua inclusão como "jogador sujo" no comércio internacional.

As exportações industriais brasileiras para os EUA foram de US$ 31,6 bilhões em 2024, com os EUA sendo o principal destino para produtos industriais do Brasil.

Dos dez principais produtos exportados, oito são itens da indústria de transformação, incluindo aeronaves e partes.