Trump promete corte de até 80% no preço de remédios e derruba ações de farmacêuticas
Trump propõe redução drástica nos preços de medicamentos, gerando reações negativas no mercado financeiro. O plano, que visa alinhar os custos americanos aos de países com preços mais baixos, ainda carece de detalhes sobre sua implementação.
Trump visa redução nos preços de medicamentos nos EUA, propondo que os americanos paguem o mesmo que países com os menores preços.
O presidente afirmou que os preços podem ser reduzidos em “59%, OU MAIS!” em postagem nas redes sociais.
Reação do mercado financeiro: ações de farmacêuticas caíram globalmente após Trump anunciar a intenção de assinar uma ordem executiva com a política da nação mais favorecida. A Eli Lilly caiu 3,85%, Pfizer 2,74%, Bristol-Myers Squibb 2,22% e Merck & Co 2,62%.
Farmacêuticas europeias, como Novo Nordisk e Sanofi, também desvalorizaram. No Japão, o índice Topix teve a maior perda diária desde agosto.
Proposta cheia de incertezas: Trump indicou que os preços poderiam cair entre 30% e 80% e que isso poderia levar a aumentos globais para “trazer JUSTIÇA PARA A AMÉRICA!”
Ele destacou que, embora os americanos paguem os maiores preços, mudar o sistema poderia sufocar inovações na indústria farmacêutica.
Negociações em andamentos: O governo já negocia preços de alguns medicamentos no Medicare, conforme a Lei de Redução da Inflação, aprovada em 2022.
A proposta atual de Trump ainda carece de detalhes sobre aplicação e limites, como se se aplicaria a programas como Medicare ou Medicaid.
Bill Ackman sugeriu no X que a melhor forma de reduzir preços seria tornar ilegal às farmacêuticas venderem medicamentos no exterior a preços mais baixos.
Histórico de propostas: Durante seu primeiro mandato, Trump tentou um programa que alinharia preços de medicamentos nos EUA com os de países como França e Japão, mas a proposta foi barrada na Justiça. A administração Biden não recorreu e buscou uma solução legislativa, resultando na Lei de Redução da Inflação.
A nova iniciativa de Trump reabriu debates no setor farmacêutico, trazendo incertezas para o futuro.