Trump quer falar China e Rússia sobre desnuclearização
Trump propõe negociações sobre desnuclearização com Rússia e China, destacando a importância do controle de armas em um contexto de tensões globais. Enquanto isso, Japão e aliados tentam conter celebrações militares da China que poderiam ampliar disputas históricas.
Newsletter China, terra do meio - Edição de 26 de setembro
Donald Trump anunciou intenção de abrir negociações de desnuclearização com Rússia e China, em meio à proximidade do fim do New START, tratado de controle de armas que expira em fevereiro de 2026. A declaração foi feita antes de reunião na Casa Branca com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung.
Trump já discutiu o tema com Vladimir Putin e acredita que Xi Jinping aceitará participar das conversas. Ele mencionou que a China está atrás em poder nuclear, mas pode alcançar os EUA em cinco anos. O republicano também sinalizou interesse em um encontro com Kim Jong Un, apesar do silêncio de Pyongyang.
O New START, assinado em 2010, limita arsenais estratégicos dos EUA e Rússia. Moscou já comunicou que a renovação é improvável. Tentativas anteriores de incluir a China em discussões falharam devido ao seu menor estoque de armas nucleares.
Em 2024, o governo Joe Biden buscou reabrir conversas, mas o diálogo foi interrompido por protestos da China contra vendas de armas dos EUA a Taiwan. Trump agora traz o tema de volta em um contexto de rivalidade crescente.
Por que importa: A reabertura do controle nuclear posiciona os EUA como árbitro global em um cenário de tensões com Rússia, China e Coreia do Norte. O colapso do New START pode aumentar o risco de uma nova corrida armamentista.
O governo japonês pediu a países europeus e asiáticos que evitem participar de eventos militares chineses em setembro, alegando tonalidade anti-japonesa nas celebrações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.
O chanceler venezuelano Yván Gil agradeceu à China por seu apoio à Venezuela contra o intervencionismo dos EUA. A China reafirmou seu apoio a Caracas.
A Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC) iniciará produção de gás natural no Peru em novembro de 2026, investindo cerca de US$ 500 milhões.
Organização de Cooperação de Xangai (OCX) realizará cúpula em Tianjin, com presença de mais de 20 líderes, incluindo Xi Jinping, Vladimir Putin, e Narendra Modi. O encontro é visto como reforço à solidariedade do Sul Global e uma oportunidade para discutir tensões entre China e Índia.
Por que importa: O encontro simboliza a força do Sul Global frente a Washington e pode melhorar relações entre China e Índia.
Em tempos de restrição de vistos americanos, a embaixada da China no Brasil produziu um vídeo explicativo sobre como brasileiros podem morar na China.
Inscrições abertas: Pós-graduação em China Contemporânea da PUC Minas, começando em setembro. Saiba mais sobre o curso.