Trump quer isolar a China do mercado global e está usando o Vietnã para começar essa jogada
EUA intensificam esforços para reduzir a dependência da China em cadeias de suprimentos do Sudeste Asiático. Acordo preliminar com o Vietnã marca um passo importante na pressão americana por um desacoplamento estratégico da economia chinesa.
Donald Trump pressiona países para reduzir a dependência da China em suas cadeias de suprimentos.
Um novo pacto comercial entre Vietnã e os Estados Unidos, anunciado em 2 de outubro, representa um passo significativo nessa direção. Exportações vietnamitas para os EUA terão uma tarifa de 20%, abaixo dos 46% que Trump ameaçou anteriormente.
Em contrapartida, o acordo impõe uma tarifa de 40% sobre mercadorias transbordadas, visando combater a prática chinesa de contornar tarifas.
Os negociadores de Trump pressionam a Indonésia e Tailândia a reduzir o conteúdo chinês e a fiscalizar investimentos estrangeiros, enquanto alguns países consideram controles de exportação.
China respondeu, afirmando que tomará contramedidas contra acordos que afetem seus interesses. A definição e aplicação dos termos comerciais ainda geram incertezas.
O Vietnã, que já enfrentava a ameaça de altas tarifas, vê a redução como um alívio, mas também reconhece os desafios da concorrência desleal de empresas chinesas.
Além disso, a pressão dos EUA pode levar a reações em cadeia que afetarão a economia da região. Especialistas alertam sobre as consequências do acordo e a necessidade de monitoramento das exportações.
O governo tailandês advertiu que fiscalização adicional poderia causar perdas de até US$ 15 bilhões em exportações. Outros países, como Malásia e Indonésia, também estão ajustando suas regras de exportação.
A administração Trump está mudando a percepção regional sobre a China, mas a adesão às condições dos EUA representa um risco geopolítico para países como o Vietnã.
O cenário continua em evolução, e o impacto total do pacto ainda é incerto, com diversos fatores a serem avaliados.