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Trump reinventou a defesa da Europa, diz diretor de principal fórum de segurança europeu

Reunião da Otan marca mudança estratégica, com países europeus concordando em aumentar gastos militares em resposta a exigências de Donald Trump. Apesar disso, desafios a longo prazo permanecem, e a relação transatlântica pode enfrentar incertezas futuras.

Reunião de Cúpula da Otan termina em 25 de outubro com vitória para Donald Trump. O presidente dos EUA conquistou o aumento do gasto militar europeu para 5% do PIB até 2035, um pleito antigo. Em contrapartida, os países europeus receberam garantias sobre a defesa americana.

Desde seu primeiro mandato, Trump pedia esse aumento, que agora foi aceito após uma mudança na postura europeia.

Tobias Bunde, diretor de pesquisa da Munich Security Conference, destaca que a maioria não imaginava que a Aliança concordasse com essa nova meta. Ele observa que os europeus temiam as ameaças de Trump em relação ao Artigo 5 da Otan, que estabelece a defesa mútua.

Resultados da cúpula foram considerados bons, especialmente em comparação com expectativas anteriores. O principal objetivo foi garantir o compromisso dos EUA com a Otan e o comunicado final foi mais forte do que muitos esperavam.

Mudanças de tom ocorreram porque os europeus se comprometeram a atender as exigências de Trump para manter os EUA a bordo. O aumento de gastos em defesa foi considerado uma grande vitória para Trump, que agora pode argumentar que os aliados estão investindo mais em sua própria segurança.

Desafios futuros também foram mencionados. Embora tenha havido um sucesso imediato, persistem preocupações sobre a longo prazo e a necessidade de discutir as diferenças abertamente.

A Espanha criticou a nova meta, o que pode gerar impactos futuros, principalmente para países com dificuldades financeiras que não podem se comprometer com o aumento dos gastos.

Próximos passos incluem o detalhamento de como os países europeus pretendem cumprir a nova meta, com um foco especial na Alemanha, que se comprometeu a aumentar o orçamento de defesa.

Sobre os efeitos do aumento de investimentos, há consenso de que a Europa precisa se preparar para ameaças de longa data, como a Rússia, embora o dinheiro sozinho não garanta segurança.

Sobre a geopolítica do Oriente Médio, os ataques dos EUA ao Irã geraram reações mistas. Enquanto alguns apoiam ações contra a ameaça iraniana, há preocupações sobre a violação do direito internacional.

Futuro das relações EUA-Europa está incerto, especialmente após o governo Trump. Até agora, os EUA foram uma garantia de segurança fundamental, mas isso pode mudar.

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