Trump sanciona mais membros do Tribunal Penal Internacional, que fala em 'ataque à independência'
Estados Unidos ampliam sanções contra membros do Tribunal Penal Internacional em resposta a investigações sobre líderes israelenses e americanos. A corte classifica as medidas como um ataque à sua independência judicial e mantém seu compromisso de atuar em casos de crimes internacionais.
Governo Trump impõe sanções ao TPI
Em 20 de setembro, o governo de Donald Trump anunciou sanções contra dois juízes e dois procuradores do Tribunal Penal Internacional (TPI).
As sanções visam pressionar a corte, especialmente por sua atuação contra líderes de Israel e decisões sobre investigações de autoridades dos Estados Unidos.
O TPI reagiu, chamando a medida de "um ataque flagrante à independência de uma instituição judicial imparcial".
As sanções incluem:
- Bloqueio de ativos
- Proibição de entrada nos EUA
Os alvos principais são:
- Juiz francês Nicolas Guillou - responsável pelo mandado de prisão contra o premiê israelense, Binyamin Netanyahu
- Juíza canadense Kimberly Prost - envolvida na investigação sobre soldados americanos no Afeganistão
- Vice-procuradores Nazhat Shameem Khan (Fiji) e Mame Mandiaye Niang (Senegal)
O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que os EUA se opõem à politização do TPI e pediu a outros países que resistam a suas pretensões.
A França expressou consternação, afirmando que as sanções violam o princípio de independência da Justiça.
Esta é a segunda rodada de sanções em menos de três meses, dificultando o funcionamento do TPI em casos críticos, como os crimes de guerra da Rússia na Ucrânia.
Trump já havia assinado um decreto em fevereiro alegando que o TPI se envolveu em ações illegítimas contra os EUA e Israel.