Trump tem diante de Putin o maior teste para seu estilo único e imprevisível de diplomacia
Trump se prepara para um encontro decisivo com Putin no Alasca, em meio a incertezas sobre sua abordagem e o futuro da Ucrânia. O encontro marca um teste crucial para seu estilo diplomático, que pode redefinir relações globais e a segurança na região.
Donald Trump se encontrará com Vladimir Putin no Alasca nesta sexta-feira, 15, marcando a sétima reunião pessoal entre os líderes. Desta vez, a dinâmica é diferente: Putin está em meio a uma guerra, com um milhão de soldados russos mortos ou feridos e sofrimento contínuo para os ucranianos.
Trump, determinado, pretende sondar Putin e fechar um acordo, o que representa um teste para seu estilo diplomático singular. Ele caberá decidir se garantirá a soberania da Ucrânia ou se priorizará a reabertura de negócios com a Rússia.
Nosso entendimento sobre trumpismo sugere que suas negociações se dividem em três categorias: alto, médio e baixo risco:
- Alto risco: Relações com potências hostis como China e Rússia, além de Israel e Irã.
- Médio risco: Interações com Brasil, África do Sul e Índia, onde sua abordagem é menos efetiva.
- Baixo risco: Países menores, onde Trump teve resultados positivos, como no acordo de paz entre Azerbaijão e Armênia.
No entanto, sua estratégia tem gerado tensões com aliados, como a Índia, que pode se aproximar da Rússia, enquanto Brasil e África do Sul estão mais propensos a ver a China como um parceiro confiável.
Trump demonstrou inconsistência em relação à Ucrânia e Israel, oscilando entre apoiar e criticar. Outros países lidam com ele por meio da bajulação, levando a preocupações sobre corrupção e interesses pessoais em vez dos Estados Unidos.
Se Trump conseguir um acordo significativo com Putin, poderá resolver a guerra na Ucrânia, mas as perspectivas para isso parecem baixas.