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Trump terá de provar legalidade de tarifas ao Brasll, diz vice-diretora do Atlantic Council

Desafios legais podem surgir para as tarifas comerciais de Trump contra o Brasil, devido à inexistência de déficit comercial. Especialistas sugerem que essa situação pode abrir espaço para negociações, especialmente em relação ao etanol.

Tarifas de Trump contra o Brasil podem enfrentar desafios legais nos EUA, segundo Valentina Sader, vice-diretora do Atlantic Council.

Ela ressalta que os EUA possuem superávit comercial com o Brasil, e que tarifas recíprocas são justificadas apenas com déficit comercial.

Trump pretende impor uma tarifa de 50% em produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, mas ainda não oficializou a medida. As tarifas são determinadas por ordens executivas baseadas em leis comerciais, como a IEEPA e a seção 301 do US Code.

Essas leis não permitem o uso de tarifas para retaliações políticas, sendo a figura das sanções utilizada para questões como direitos humanos.

A vice-diretora vê espaço para negociação, destacando que o etanol pode ser um ponto chave, já que o governo americano considera as tarifas do Brasil sobre o etanol como práticas desleais.

Sader também observa que a tarifação pode ter efeitos geopolíticos, estimulando o Brasil a buscar novos mercados e se aproximar da China, o que preocupa os EUA.

O governo brasileiro pode estar em uma posição favorável para negociações, dada a possibilidade de desafios legais nos EUA e a preocupação estratégica com a China.

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