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Trump “tomou conta” do tabuleiro global, mas Lula ainda terá papel, diz Celso Amorim

Brasil pode retomar papel mediador nas negociações sobre a Ucrânia, segundo Celso Amorim. Ele destaca que a presença de Trump reconfigura o cenário diplomático e que o país mantém agenda internacional ativa com visitas a Rússia e China.

Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, afirmou que o Brasil está momentaneamente excluído das principais conversas sobre o fim da guerra na Ucrânia.

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, ele ressaltou que essa ausência também se aplica a outros países proponentes de alternativas diplomáticas, como a França.

Amorim destacou que a reaproximação entre Rússia e EUA, impulsionada por Donald Trump, reorganizou o cenário diplomático. “A presença do Trump tomou conta de tudo com essas atitudes novas e inesperadas”, disse.

Ele acredita que o Brasil poderá desempenhar um papel relevante como mediador no futuro. Amorim mencionou que, à medida que o diálogo entre EUA, Rússia e Ucrânia evoluir, outros países serão necessários para multiliteralizar o processo e evitar atritos.

Além disso, Amorim rechaçou rumores sobre um possível enfraquecimento da liderança internacional de Lula. O presidente brasileiro continuará com uma agenda intensa, incluindo viagens a Moscou e Pequim em maio.

Ele afirmou: “O presidente está mostrando claramente que o Brasil não está subordinado… Ele é sul global, ativo, junto com as duas maiores potências do mundo fora os EUA.”

Quanto a rumores de um recuo na atuação internacional de Lula, Amorim foi claro: “Não por mim. E acho que o presidente não se deixa orientar. Ele é dono da cabeça dele.”

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