Trump transforma comércio em arma política em atitude sem precedentes nos EUA, diz pesquisador
Trump ameaça impor tarifas de 50% sobre o Brasil, intensificando incertezas sobre acordos comerciais. O presidente dos EUA utiliza a política tarifária para influenciar questões geopolíticas, gerando preocupações sobre a proteção dos parceiros comerciais.
Ameaças tarifárias de Donald Trump geram incerteza no comércio internacional, levantando preocupações sobre a eficácia de acordos comerciais.
Trump ameaçou impor uma tarifa de 50% sobre o Brasil, citando questões políticas internas e o tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu que o país não será "tutelado" e que irá retaliar qualquer aumento unilateral.
Trump criticou o sistema de justiça brasileiro e afirmou que o julgamento de Bolsonaro é uma "Caça às Bruxas", pedindo que as acusações sejam retiradas. O caso representa um uso extremo de tarifas como arma política.
Até agora, os novos avisos de Trump não afetaram significativamente os mercados, mas o real brasileiro caiu 2,9% em relação ao dólar. As tarifas anunciadas incluem taxas de 30% sobre Argélia, Líbia, Iraque e Sri Lanka, e 25% sobre Brunei e Moldávia.
O Brasil, com um déficit comercial com os EUA, é uma exceção entre os alvos tarifários. Trump afirmou que as tarifas são baseadas em "fatos substanciais" e histórico passado.
Apesar da pressão tarifária, o Secretário Adjunto do Tesouro sugeriu que as negociações podem continuar, e economistas acreditam que as tarifas podem minar a confiança em futuros acordos.
Trump também levantou a possibilidade de tarifas adicionais para a União Europeia e a Índia, e sugeriu aumentos específicos por indústria, como 50% sobre produtos de cobre e até 200% sobre importações farmacêuticas.
A situação indica que Trump continuará a usar tarifas para pressionar países a atender suas demandas, com poucas garantias de alívio no futuro.