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Trump vai à guerra no Irã, mas corre para tentar sair dela

Trump realiza ataque militar contra o Irã, desafiando sua própria retórica de não intervenção. A operação visa limitar o programa nuclear iraniano, mas deixa em aberto a possibilidade de novas tensões no cenário global.

Donald Trump se destacou ao atacar o Irã, algo que nenhum de seus antecessores desde Jimmy Carter fez. O ataque remete ao histórico de agressões desde a criação da República Islâmica em 1979, marcada pela queima de bandeiras americanas e a tomada de reféns.

A decisão de Trump surpreende, considerando seu histórico de evitar conflitos militares. Sua hesitação de uma semana pode ter sido uma tática para permitir que Israel atuasse primeiro nas defesas iranianas.

Politicamente, Trump enfrentou críticas de seus apoiadores e pesquisas de opinião indicam que a guerra é impopular. Isso moldou o discurso após a ação militar, que foi minuciosamente planejada.

Notavelmente, 17 dos 19 bombardeiros B-2 foram mobilizados em uma operação impressionante. Trump, em um local simbólico, afirmou ter “obliterado” o programa nuclear iraniano.

A ação militar recebeu apoio de figuras como Pete Hegseth (Defesa) e Marco Rubio (Estado), que alegaram que os EUA não estão em guerra com o Irã, mas sim com suas ambições nucleares.

Embora o bombardeio aparente ter destruído a infraestrutura do programa atômico, não ficou claro se o urânio enriquecido foi atingido. A possibilidade de que o Irã mantenha suas capacidades nucleares foi reconhecida pela cúpula militar americana.

A teocracia do Irã, enfrentando uma difícil posição ideológica, precisa agir mas qualquer resposta pode ser desastrosa. O fechamento do Estreito de Hormuz é uma opção, mas traria consequências globais, como o aumento dos preços de energia.

Com essa narrativa de que “já acabou”, Trump tenta sair do conflito sem desgaste político, enfrentando a tensão entre sua base e a realidade de uma possível guerra escalonada.

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