Trump vem pressionando por participação do governo em empresas dos EUA e fatia de suas receitas
A crescente intervenção do governo Trump nas empresas americanas levanta questões sobre a mudança do livre mercado para um modelo de capitalismo mais controlado. As ações têm causado preocupação entre executivos e investidores, que buscam formas de se proteger das pressões presidenciais.
Grandes empresas americanas enfrentam um novo desafio: a interferência direta do presidente Donald Trump em seus negócios.
O governo adquiriu participação na US Steel e pressionou a Nvidia e Advanced Micro Devices para repassar parte de sua receita da China. Recentemente, o Pentágono anunciou uma participação de 15% na MP Materials, uma mineradora de terras raras.
Na sexta-feira (22), a Intel aceitou um aporte de US$ 8,9 bilhões em troca de 10% de participação do governo. Especialistas afirmam que isso sinaliza uma mudança do livre mercado americano para um modelo semelhante ao capitalismo gerenciado da Europa e da China.
As iniciativas de Trump são vistas como mais agressivas do que em administrações anteriores, segundo especialistas. O governo busca empresas que possam receber intervenção, gerando preocupações entre executivos.
Embora a Casa Branca afirme que a segurança nacional motiva suas ações, críticas apontam que isso pode levar a uma ruptura histórica e à extorsão de empresas que têm sucesso.
As reações do mercado foram positivas para a Intel, com suas ações subindo mais de 5%. Por outro lado, concorrentes como a AMD sofreram quedas.
Os consultores recomendam que empresas adotem posturas que evitem chamar a atenção do governo, sugerindo uma limpeza de referências a temáticas sociais e aumento de visitas à Casa Branca.
Especialistas alertam para os riscos desse cenário, como a diminuição da igualdade de condições e a possível desmotivação de investidores.