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Trumponomics 2.0 tende a ser uma quebra estrutural na organização global vigente

O novo governo de Donald Trump promete transformar a dinâmica econômica e geopolítica global, gerando incertezas nas relações comerciais e impulsionando repensamentos nas cadeias produtivas. O Brasil deve se posicionar estrategicamente para aproveitar oportunidades diante desse reordenamento mundial.

Desdobramentos do segundo mandato de Trump prometem uma quebra estrutural nas esferas global, econômica e social.

As políticas econômicas do governo Trump, especialmente no comércio internacional, geram insegurança econômica. Tarifas sobre importações visam a reciprocidade e protecionismo, alterando a dinâmica comercial global.

  • Revisões tarifárias afetam parceiros históricos como Canadá, México, China e União Europeia.
  • Cadeias produtivas enfrentam reavaliações estratégicas para otimizar custos e mitigar riscos.
  • Restrições migratórias podem levar a aumento de salários e inflação, comprometendo o crescimento econômico.

No campo da geopolítica, a vitória de Trump indica um redirecionamento na diplomacia dos EUA, incluindo:

  • Retirada do Acordo de Paris.
  • Redução de orçamento para a OTAN.
  • Alterações nas políticas na Rússia e Ucrânia.

Essas medidas dificultam a cooperação multilateral, afetando temas como aquecimento global e desigualdade mundial.

O Brasil deve adotar uma visão estratégica nessa nova configuração, buscando reposicionamento em cadeias produtivas essenciais. O país pode se destacar em áreas como alimentos, água e energia renovável, ao aproveitar suas vantagens comparativas.

É crucial agrupar talentos e formular estratégias concretas para se adaptar a este novo cenário, transformando riscos em oportunidades.

O Trumponomics 2.0 pode gerar uma nova era de reorganização global, semelhante à transformação digital pós-Covid, premiando países e empresas que se adaptarem rapidamente.

Por outro lado, a inércia pode resultar em altos custos econômicos e sociais, como visto em setores que não se ajustaram às novas realidades do mercado.

Estevão Scripilliti é diretor da Bradesco Vida e Previdência.

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