TST terá sala VIP em aeroporto por R$ 1,5 mi para que ministros evitem pessoas ‘mal intencionadas’
TST justifica contrato de sala VIP em aeroporto por motivos de segurança e conforto dos ministros, mas Ministério Público questiona legalidade dos gastos. A obra, que chega a R$ 1,5 milhão, inclui transporte executivo e atendimento exclusivo, levantando preocupações sobre a utilização de recursos públicos.
Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmou contrato de R$ 1,5 milhão para acesso à sala VIP no Aeroporto de Brasília para seus 27 ministros.
O contrato inclui:
- Sala VIP com 44 metros quadrados, atendente exclusivo e transporte executivo.
- Transformação de espaço anteriormente ocupado por um spa.
- Aluguel mensal de R$ 30 mil e rateio de R$ 2,6 mil nas despesas.
O TST justificou a contratação direta, sem licitação, por questões de segurança, citando os recentes ataques a autoridades do poder judiciário.
Benefícios adicionais incluem:
- Estacionamento privativo e recepção no aeroporto.
- Custo de R$ 284 para acompanhamento individualizado e R$ 144 para transporte executivo.
A obra de adaptação deve ser concluída até agosto com custo de R$ 85 mil. O espaço pretende incluir sofás e itens de escritório.
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou a investigação da legalidade e economicidade dos gastos. Uma suspensão da obra foi requerida até a conclusão da apuração.
Outros tribunais como o STF e o STJ já possuem salas VIP, mas o MPTCU afirmou que cada caso deve ser analisado individualmente.