HOME FEEDBACK

Turbulência com tarifaço de Trump: dólar pode voltar a superar os R$ 6?

Mercados globais reagem ao aumento das tensões comerciais entre EUA e China, resultando em forte valorização do dólar. Investidores estrangeiros buscam segurança, levando à desvalorização do real e aumentando os temores sobre a possibilidade de a moeda americana ultrapassar os R$ 6 novamente.

Escalada da guerra comercial EUA-China agita mercados nesta segunda-feira (7).

O dólar disparou frente ao real, chegando a R$ 5,913, reacendendo temores de que ultrapasse R$ 6. Esse cenário evoca o histórico de 29 de novembro de 2024, quando investidores aguardavam anúncios do governo brasileiro.

A pressão cambial resulta da retaliação da China às tarifas de Donald Trump, intensificando tensões globais. O índice de volatilidade nos mercados foi impulsionado, derrubando bolsas ao redor do mundo.

No Brasil, a desvalorização do real é notável, com cautela de investidores estrangeiros afetando o fluxo de recursos. O país, dependente da China e EUA, enfrenta um cenário pessimista.

Elson Gusmão, diretor da Ourominas, observa que a valorização do dólar reflete um movimento defensivo em tempos de aversão ao risco. Isso pode resultar em um fluxo cambial negativo nas próximas semanas.

Paulo Godoi Filho, especialista em finanças, destaca a incerteza no mercado após informações contraditórias sobre tarifas. O receio de uma recessão global aumenta a busca por ativos de menor risco.

O Banco Central possui ferramentas para conter a pressão cambial, como reservas internacionais e contratos de swap cambial. Contudo, a intervenção deve focar na estabilidade e não em um patamar específico do dólar.

Atenções voltam-se para a marca dos R$ 6, com analistas alertando que isso pode ocorrer se os conflitos comerciais aumentarem e a intervenção do Banco Central for ausente. A inflação também é impactada pelo fortalecimento do dólar.

Espera-se que o mercado continue volátil, influenciado por incertezas comerciais, dados econômicos e sinalizações do Banco Central.

Leia mais em infomoney