Turismo de brasileiros na Argentina registra maior queda desde a pandemia
Queda no turismo brasileiro para a Argentina chega a 42,8% em fevereiro, refletindo a desvalorização da moeda e o aumento dos custos. A crise no setor impacta não apenas os turistas do Brasil, mas também de países vizinhos, como Uruguai e Chile.
Turismo brasileiro na Argentina enfrenta queda histórica
O turismo de brasileiros na Argentina registrou a pior queda desde a pandemia de Covid-19, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec).
A diminuição mais recente de 42,8% em fevereiro de 2023, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, é a pior dos últimos seis anos, excluindo 2020 e 2021, quando o país estava fechado.
O número de turistas que chegam de avião caiu ainda mais, com 60% de redução.
A crise que afeta o setor começou em abril passado e agora se junta a quedas de outros países, como uruguaios (-49,6%) e chilenos (-42,8%). Em fevereiro, o recuo total do turismo foi de 30,7%.
A secretaria de Turismo, comandada por Daniel Scioli, busca soluções, como o barateamento de passagens aéreas. A estatal Aerolíneas Argentinas reduziu preços para R$ 1.600 (incluindo taxas) e lançou novas rotas.
Companhias de baixo custo como JetSmart e Azul também incrementaram suas ofertas com novas rotas diretas para diferentes destinos argentinos.
Por outro lado, o turismo emissivo aumentou, com argentinos buscando destinos no Brasil, dado que a valorização do peso tornou esses países mais atrativos.
Os turistas argentinos enfrentam dificuldades para economizar, com a diminuição da diferença entre o dólar oficial e o "blue". O cenário econômico sob Javier Milei traz inflação controlada, mas aumento da pobreza, que chega a 53%.
Relatórios futuros do Indec devem esclarecer a situação econômica do país.