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Turquia prende 4 acusados de publicar charge com profetas Maomé e Moisés

Governo turco considera charge uma ofensa ao Islã e realiza prisões de funcionários da revista Leman. A publicação pediu desculpas, mas defendeu sua intenção de destacar o sofrimento de uma vítima muçulmana.

Governo da Turquia prendeu funcionários da revista Leman nesta segunda-feira (30) após a publicação de uma charge supostamente retratando o profeta islâmico Maomé cumprimentando o profeta Judaico Moisés em um contexto de guerra.

O líder do partido governista classificou a publicação como um "crime de ódio islamofóbico."

O presidente Recep Tayyip Erdogan chamou a charge de "provocação vil" e afirmou: "Não permitiremos que ninguém fale contra nossos valores sagrados."

A revista pediu desculpas, afirmando ter sido mal interpretada. O redator-chefe, Tuncay Akgun, disse que a obra não se referia a Maomé, mas a um muçulmano morto em bombardeios israelenses.

Mais de 200 pessoas protestaram contra a Leman em Istambul, resultando em confrontos com a polícia, que usou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

O executivo do partido AKP, Omer Celik, disse: "Isso é um crime de ódio." Grupos da sociedade civil condenaram as detenções como uma violação da liberdade de expressão.

A classificação da Turquia em liberdade de expressão é baixa, ocupando o 158º lugar em 180 países no Índice de Liberdade de Imprensa de 2024.

O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, anunciou que uma investigação foi aberta, e ordens de detenção foram emitidas para um total de seis pessoas.

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