TV 3.0 promete dar novo fôlego ao meio TV, que perdeu anunciantes para a internet
A TV 3.0 trará interatividade e personalização ao telespectador, permitindo experiências como compras diretas e replays em tempo real. A implementação da nova tecnologia, prevista para 2026, busca reverter a queda nas receitas publicitárias das emissoras diante da concorrência da internet.
TV 3.0, a nova era da televisão digital no Brasil, promete revolucionar a forma como assistimos à TV. A expectativa é que um decreto com especificações seja assinado até o fim de outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com as primeiras transmissões na Copa do Mundo de 2026.
A implantação não será obrigatória, ao contrário da migração da TV analógica para digital em 2007. Com a nova tecnologia, as emissoras esperam frear a perda de receita publicitária para a internet.
Dados do Cenp mostram que, em 2023, a internet ultrapassou a TV em investimento publicitário: 40% versus 36,5% da TV aberta. A TV 3.0 terá interatividade, permitindo ações como compra de produtos diretamente da tela e participação em enquetes.
Flávio Lara Resende, da Abert, destaca que a nova tecnologia trará interação sem depender da internet, utilizando antenas Mimo. Além disso, a regionalização dos anúncios permitirá que pequenos comerciantes promovam seus produtos localmente.
A nova arquitetura, o sistema ATSC 3.0, garantirá qualidade de imagem 8K e som de cinema. Conversores serão necessários para acessar os recursos interativos, com um custo estimado entre R$ 400 e R$ 500.
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, menciona que a TV 3.0 permitirá o acesso a serviços públicos como o Gov.Br.
A publicidade será mais direcionada, com o uso de inteligência artificial, permitindo campanhas personalizadas. João Oliver, professor de mídia, considera que a TV se tornará um hub de conteúdos.