UBS eleva Brasil para compra vendo fim do ciclo de alta de juro e de olho em eleições
UBS eleva perspectiva para ações brasileiras e projeta cortes de juros a partir de 2026. Relatório revela otimismo em relação à economia do Brasil, destacando fatores que podem impulsionar o mercado.
Relatório do UBS aponta panorama sobre a primeira metade do ano e perspectivas para o Brasil no segundo semestre.
A equipe de estratégia revisou suas visões para emergentes, elevando ações do Brasil de neutra para overweight enquanto Tailândia e Polônia foram cortadas para neutra.
Mercado otimista com a Coreia do Sul, mas UBS mantém visão neutra. A China segue como um país com “overweight-chave”.
Justificativa para o aumento da exposição ao Brasil: ativos baratos em termos de múltiplos de preço sobre lucro (P/L), influenciados por taxas de juros altas.
UBS relutou em ser positivo até ver mudanças no ciclo de juros. O Banco Central recentemente aumentou a taxa para 15% ao ano, considerado o último aumento do ciclo.
Expectativa de cortes de juros começando em abril de 2026, mais rápidos que o consenso de mercado.
Apesar da chance de piora nas condições fiscais antes das eleições, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta aprovação baixa, o que pode indicar uma mudança no regime em 2026.
A equipe acredita que uma mudança para a centro-direita poderia restaurar a prudência fiscal, beneficiando mercados de títulos e ações.
Entre os catalisadores de curto prazo para o Brasil, destacam-se:
- Economia é relativamente imune a riscos tarifários;
- Brasil sensível ao preço do petróleo, com bom desempenho em alta de preços.
A equipe questiona se está atrasada na atualização para compra, indicando que múltiplos têm espaço para subir, atualmente 28% abaixo da média de 10 anos.
Performance de 13% no ano deve ser comparada com o desempenho de -40% em 2024.