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UBS eleva Brasil para overweight

Analistas do UBS acreditam que a Selic deve cair a partir de abril de 2026, impulsionando potencial valorização do Ibovespa. A revisão para o Brasil leva em conta a expectativa de vitória da centro-direita em 2026 e a restauração da disciplina fiscal.

UBS elevou a recomendação do Brasil de neutra para overweight em sua revisão de meio de ano para mercados emergentes.

Após a última reunião do Copom, que elevou a Selic a 15%, analistas acreditam que este foi o último aumento do ano; cortes podem começar em abril de 2026.

A análise do UBS se baseia em roadshows com clientes, que acreditam que os baixos índices de aprovação do Governo Lula podem resultar na vitória da centro-direita em 2026, o que ajudaria na disciplina fiscal.

O Brasil está protegido contra riscos tarifários, com menos de 5% da receita das empresas do Ibovespa proveniente dos EUA e mais de 70% gerada no mercado doméstico.

Além disso, a economia beneficia-se da alta dos preços do petróleo, segundo o UBS.

Embora o Ibovespa já tenha subido 13% este ano, os analistas consideram que ainda há espaço para valorização, pois os múltiplos atuais estão 28% abaixo da média dos últimos dez anos.

Nos emergentes, eles destacam que esses mercados superaram os EUA em 6% no primeiro semestre, impulsionados por crescimento dos lucros, expansão de múltiplos e moedas mais fortes.

Entretanto, os fluxos para os emergentes permanecem erráticos, indicando que investidores estão avaliando o novo cenário global.

No mesmo relatório, o UBS rebaixou Tailândia e Polônia, mas se mostrou animado com a Coreia do Sul após as eleições.

A China segue como o principal mercado overweight do UBS, devido a fundamentos sólidos, descontos em relação à média dos emergentes e uma surpresa positiva no consumo.

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