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UBS faz acordo de meio bilhão de dólares para encerrar inquérito sobre Credit Suisse

UBS fecha acordo de US$ 511 milhões para encerrar investigação sobre sonegação de impostos do Credit Suisse. A transação envolve a admissão de culpabilidade de uma unidade do banco suíço por ajudar clientes a ocultar bilhões do IRS.

UBS concordou em pagar US$ 511 milhões para encerrar investigação nos EUA sobre o Credit Suisse, comprado pelo banco. A investigação revela que o Credit Suisse ajudou americanos ricos a sonegar impostos, mesmo após prometer parar com essa prática.

Uma unidade do Credit Suisse se declarou culpada de conspirar para esconder mais de US$ 4 bilhões do IRS em 475 contas offshore, segundo o Departamento de Justiça dos EUA.

A acusação criminal relacionada a contas em Cingapura será retirada se o banco cooperar. Este acordo encerra um escândalo que durou décadas, em que o Credit Suisse utilizou leis de sigilo bancário da Suíça para ajudar americanos a evitar o pagamento de impostos.

Embora tivesse um acordo em 2014, o Credit Suisse continuou ajudando contribuintes a abrir e manter contas não declaradas. Documentos do tribunal apontam que o banco não cumpriu sua obrigação de investigar e fechar contas depois de saber que certos clientes eram residentes dos EUA.

Apesar de não estar envolvido nas condutas do Credit Suisse, o UBS precisa continuar a cooperar com as autoridades dos EUA. O banco ainda não divulgou o impacto do acordo em seus lucros.

Os promotores não conseguiram resolver a situação sob o governo Biden, aumentando a pressão após um relatório do Comitê de Finanças do Senado de 2023 que identificou “grandes violações” do acordo judicial de 2014.

Documentos judiciais mostram que o Credit Suisse ajudou em fraudes fiscais, incluindo casos de um professor e uma família com dupla cidadania que ocultou quase US$ 100 milhões.

O UBS obteve uma extensão de seu status como Qualified Professional Asset Manager, mesmo com seu histórico de má conduta, levando à exigência de auditorias anuais.

A resolução também coincide com uma nova investigação sobre o histórico do Credit Suisse em relação a contas ligadas ao nazismo.

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