Ucrânia denuncia ataques russos horas após trégua de três dias decretada por Putin entrar em vigor
Ucrânia denuncia violação da trégua russa com ataques aéreos em Sumy. O governo de Kiev condiciona a paz a um cessar-fogo de 30 dias, enquanto a Rússia promete resposta imediata a qualquer agressão.
Trégua russa e ataques ucranianos: Horas após o anúncio de uma trégua unilateral de três dias pelo presidente Vladimir Putin, a Ucrânia acusou a Rússia de realizar ataques limitados no nordeste de Sumy.
A pausa no conflito coincide com as celebrações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. 29 líderes estrangeiros, incluindo Lula e Xi Jinping, participarão do Desfile da Vitória.
A Força Aérea ucraniana informou que até às 8h (2h em Brasília) não houve ataques com mísseis, mas bombas guiadas foram lançadas na região de Sumy, atingindo uma área residencial perto de Bilopillia.
A administração ucraniana rejeitou a trégua, chamando-a de “farsa” e solicitou um cessar-fogo de 30 dias. O presidente Zelensky enfatizou que a Rússia deve se preocupar com a segurança do desfile.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia responderá “imediatamente” a qualquer ataque ucraniano durante a trégua, enquanto a Ucrânia lançou um ataque massivo com mais de 100 drones contra Moscou.
Antes da trégua, ambos os países trocaram ataques aéreos, com dois mortos na Ucrânia e aeroportos fechados na Rússia. A administração russa tomou precauções como o fechamento temporário de aeroportos e limite à internet em Moscou.
Zelensky reiterou sua proposta de um cessar-fogo de 30 dias, destacando que espera uma resposta da Rússia. Putin anunciou a trégua como um gesto "humanitário", apesar da Ucrânia desconfiar de seu cumprimento.
As comemorações da vitória na Ucrânia seguem sendo um símbolo importante para o Kremlin, que considera a ofensiva na Ucrânia parte de sua luta anti-Hitler. O evento culminará em uma parada militar na Praça Vermelha.
Enquanto isso, o presidente ucraniano pediu por sanções mais severas contra Moscou, considerando isso essencial para abrir espaço para a diplomacia. O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, sugeriu "negociações diretas" entre as partes como única saída para o conflito.