Ucrânia está disposta a se reunir com Rússia para negociar, se Moscou aceitar trégua
Zelensky propõe trégua de 30 dias como condição para negociações com a Rússia em Istambul. O presidente ucraniano vê a disposição de Moscou para discutir a paz como um sinal positivo, mas reclama de ataques aéreos contínuos.
Ucrânia propõe negociações com a Rússia
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky anunciou que a Ucrânia está disposta a realizar negociações com a Rússia em 15 de maio em Istambul, sob a condição de um cessar-fogo de 30 dias a partir de 12 de maio.
Zelensky considerou um "sinal positivo" a disposição da Rússia em encerrar a guerra que começou em 2022, resultando em milhares de mortes e na perda de quase 20% do território ucraniano.
A Força Aérea ucraniana denunciou um ataque com 108 drones pela Rússia, após o fim de uma trégua unilateral. A Ucrânia e aliados europeus emitiram um ultimato a Moscou, reiterando a aplicação de novas sanções caso não aceitem as negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, também propôs reuniões em 15 de maio, mas sem condições prévias, criticando o ultimato dos aliados europeus. Ele pediu que a Ucrânia retome as negociações interrompidas em 2022.
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan confirmou a disposição para sediar as negociações, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron considerou a proposta de Putin "insuficiente". O presidente dos EUA Donald Trump sugeriu que poderia ser um "grande dia" para a Ucrânia e a Rússia.
A Ucrânia, porém, não aceitou a última trégua russa e reiterou a necessidade de um cessar-fogo abrangente e incondicional para que as negociações sejam efetivas.
Com informações da AFP