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Ucrânia não cederá território, diz Zelensky após anúncio de reunião Trump-Putin

Zelensky reafirma compromisso da Ucrânia em não ceder território à Rússia, insistindo na necessidade de sua participação nas negociações de paz. A iminente cúpula entre Trump e Putin no Alasca levanta preocupações sobre a exclusão de Kiev nas decisões que impactam diretamente seu futuro.

Ucrânia não cederá território à Rússia, afirma o presidente Volodimir Zelensky neste sábado, 9, após uma reunião anunciada entre Washington e Moscou para encerrar a guerra de mais de três anos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o russo, Vladimir Putin, se encontrarão no Alasca em 15 de agosto, apesar das advertências de que a Ucrânia deve participar das negociações.

Trump mencionou que "haverá alguma troca de territórios" sem dar detalhes.

Zelensky reforçou: "Os ucranianos não entregarão suas terras ao ocupante". Ele alertou que decisões sem a Ucrânia "seriam contra a paz".

Durante uma ligação com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, Zelensky pediu medidas claras para uma paz sustentável. Também conversou com Emmanuel Macron sobre a situação diplomática.

Assessores de segurança nacional de aliados, incluindo EUA e UE, se reuniram para alinhar posições antes da cúpula.

As negociações entre Rússia e Ucrânia em 2023 não tiveram sucesso, e a guerra, iniciada em fevereiro de 2022, deixou dezenas de milhares de mortos.

Zelensky declarou que a Ucrânia está pronta para "decisões reais", mas pediu uma "paz digna". O líder ucraniano quer uma cúpula trilateral, algo que Putin rejeita.

A cúpula no Alasca é a primeira entre presidentes em exercício desde 2021. Zelensky comentou sobre a distância da guerra em relação ao local da reunião.

Moscou considerou a escolha do Alasca "lógica", dada a proximidade geográfica.

Os bombardeios continuam: duas mortes e 16 feridos em Kherson. O Exército russo afirma ter tomado Yablonovka em Donetsk, onde ocorreram intensos combates.

Moscou exige que a Ucrânia ceda quatro regiões (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson) e que renuncie ao apoio ocidental. Essas exigências são inaceitáveis para Kiev, que pede a retirada das tropas russas e mais garantias de segurança.

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