UE adicionará créditos internacionais de CO2 à próxima meta climática
Comissão Europeia propõe redução de 90% nas emissões líquidas de gases até 2040, permitindo créditos de carbono de países em desenvolvimento. A medida, no entanto, enfrenta críticas e resistência de vários governos da UE, que pedem maior flexibilidade para indústrias.
Comissão Europeia propõe meta climática para a União Europeia em 2040, permitindo uso de créditos de carbono de nações em desenvolvimento.
A meta visa reduzir em 90% as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040, em comparação a 1990, com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050.
Após resistência de países como França, Alemanha, Itália, Polônia e República Tcheca, foram propostas flexibilizações para a meta de 90%.
A UE, com algumas das metas climáticas mais ambiciosas, até então não considerava créditos de carbono estrangeiros. Agora, poderá atender a até 3 pontos percentuais da meta de 2040 utilizando esses créditos, que serão gradualmente introduzidos a partir de 2036.
O comissário climático Wopke Hoekstra destaca que a nova meta proporcionará segurança para investimentos e fortalecerá a diplomacia da UE.
Os países terão mais flexibilidade em escolher os setores econômicos que contribuirão para a meta de 2040.
O aquecimento global tem afetado a Europa, resultando em incêndios florestais e outros transtornos.
Críticos afirmam que as indústrias europeias, já sobrecarregadas por tarifas dos EUA e altos custos de energia, enfrentam dificuldades com regras de emissões mais severas.
Consciência sobre os créditos de carbono levanta preocupações, pois alguns não entregaram os benefícios ambientais prometidos. A negociação da meta legislativa pode durar anos, mas a UE precisa submeter uma nova meta para 2035 à ONU até setembro.