UE impõe novas sanções à Rússia e as condiciona ao cessar-fogo
A nova rodada de sanções visa aumentar a pressão econômica sobre a Rússia em meio a um impasse nas negociações de paz. A presidente da Comissão Europeia reforça a necessidade urgente de encerrar a guerra, enquanto o presidente ucraniano desafia Putin a participar de conversas diretas.
A União Europeia aprovou, em 14 de maio de 2025, o 17º pacote de sanções contra a Rússia, desde o início da guerra com a Ucrânia em fevereiro de 2022.
A decisão foi tomada em reunião dos embaixadores em Bruxelas e a implementação das novas medidas depende da aceitação do cessar-fogo de 30 dias proposto pela Casa Branca.
O acordo aguarda aprovação formal pelos ministros das Relações Exteriores da UE na próxima semana. As novas restrições aumentarão o número de petroleiros russos proibidos de acessar portos e serviços europeus de 153 para 342.
Apelos por maior pressão econômica sobre a Rússia cresceram devido à falta de avanço nas negociações. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou: “Esta guerra precisa acabar. Manteremos a pressão alta.”
O pacote inclui restrições a 75 pessoas e empresas ligadas ao complexo militar-industrial russo, além de sancionar mais de 30 companhias de vários países que fornecem bens proibidos à Rússia.
Uma nova proposta de negociação entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin, foi feita, mas ainda não aceita por Putin. Zelensky declarou: “Se Putin não comparecer e ficar fazendo joguinhos, é o ponto final: ele não quer acabar com a guerra.”
A UE também proibiu a exportação de produtos químicos que possam ser usados na produção de mísseis russos. Emmanuel Macron, presidente francês, indicou que serviços financeiros, petróleo e gás russos podem ser alvos de futuras sanções.
O objetivo é alcançar um cessar-fogo de 30 dias para discutir questões territoriais e garantias de segurança. As medidas foram acordadas sem oposição da Hungria, que anteriormente era resistente a sanções.