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UE já discute medidas de retaliação com 'tarifa proibitiva' para o comércio transatlântico

Comissão Europeia avalia retaliações contra tarifas dos EUA, que podem impactar setor de serviços e comércio transatlântico. A urgência em encontrar uma resposta alinhada é impulsionada pela crescente pressão de Estados-membros como a França.

Tarifa de 30% proposta por Donald Trump sobre produtos da União Europeia é considerada “efetivamente proibitiva” para o comércio, segundo o comissário de comércio da UE, Maros Sefcovic.

Em entrevista em Bruxelas, Sefcovic alertou para possíveis medidas de retaliação como resposta às tarifas do presidente dos EUA. Ele enfatizou que a insegurança gerada por essas tarifas não pode persistir.

A UE prefere uma solução negociada, mas prepara contramedidas, que podem incluir o setor de serviços e uso do instrumento anticoerção, uma ferramenta comercial poderosa ainda não utilizada.

A pressão por uma mudança na estratégia da UE cresce, especialmente da França. O ministro Laurent Saint-Martin afirma que o bloco deve ser mais firme em suas respostas.

Sefcovic se reunirá com representantes americanos após o anúncio de Trump, que implementará as tarifas a partir de 1º de agosto. As declarações indicam risco de escalada nas relações bilaterais, que Sefcovic considera as mais importantes do mundo em comércio.

A UE pretende prorrogar a suspensão de tarifas sobre € 21 bilhões em produtos dos EUA para evitar uma escalada imediata. Um pacote de retaliação de € 72 bilhões está sendo discutido.

Ministros de comércio demonstraram surpresa diante das ameaças tarifárias. O ministro da Finlândia, Ville Tavio, alertou que contramedidas poderiam impactar a economia americana. O ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, pediu um acordo justo com os EUA, avisando que a UE precisa estar preparada para responder.

A UE também está se preparando para aumentar o diálogo com países afetados pelas tarifas, incluindo o Canadá e Japão, conforme informaram fontes anônimas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, conversará com o primeiro-ministro canadense nesta segunda-feira.

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