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UE planeja atingir serviços dos EUA em retaliação tarifária

União Europeia avalia novas retaliações comerciais contra os EUA. Bloco considera atingir serviços e propriedade intelectual das grandes empresas de tecnologia em resposta às tarifas de Trump.

A União Europeia considera retaliar as exportações de serviços dos EUA, incluindo grandes empresas de tecnologia, em resposta às tarifas de 25% impostas por Donald Trump na indústria automotiva.

Bruxelas anunciou tarifas extras sobre até € 26 bilhões (R$ 161 bilhões) após tarifas sobre aço e alumínio. Diplomatas europeus afirmam que a escala das ações da administração Trump exige ferramentas comerciais mais poderosas.

O bloco pode usar direitos de propriedade intelectual e excluir empresas de contratos públicos, como a rede Starlink, de Elon Musk. A Itália já reconsidera a aquisição do sistema.

Em 2023, Washington teve um superávit comercial de € 109 bilhões (R$ 675 bilhões) com a UE em serviços, contrastando com um déficit de € 157 bilhões (R$ 973 bilhões) em bens.

Autoridades da UE acreditam que a administração Trump só negociará após a remoção de barreiras tarifárias. Embora esperem progresso em um acordo, reconhecem que as tarifas adicionais de Trump continuarão.

"A resposta é a única maneira de conseguir um acordo," disse um diplomata. Apesar das dificuldades em igualar tarifas sobre bens, a UE pode retaliar mais nos serviços sem prejudicar excessivamente a economia.

Especialistas sugerem que a Comissão Europeia use o ACI (instrumento anticoerção) para atividades financeiras e patentes de bancos dos EUA. As medidas retaliatórias precisam ser aprovadas por uma maioria qualificada dos estados-membros.

A UE ainda discute a lista de retaliação de bens em resposta às tarifas de Trump, com a comissão adiando as medidas até 12 de abril. Diplomatas afirmam que há espaço para mais tarifas sobre bens, com possíveis alvos como aeronaves e produtos químicos.

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