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UE prioriza negociação com Trump e oferece tarifa 'zero por zero' para produtos industriais

Ministros da UE priorizam negociações com os EUA para minimizar tensões comerciais e evitar retaliações. Ursula von der Leyen propõe um pacto tarifário "zero por zero" enquanto se prepara para contramedidas.

Ministros da União Europeia se reuniram nesta segunda-feira e concordaram em priorizar as negociações para remover as tarifas impostas pelos EUA, ao invés de represálias imediatas. Apesar disso, o bloco já prepara contramedidas específicas.

A UE enfrenta tarifas de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, além de tarifas recíprocas de 20% a partir do dia 9 sobre quase todos os produtos. Esse cenário é resultado da política do presidente Donald Trump, que busca penalizar países que impõem barreiras às importações dos EUA.

Os ministros do comércio da UE se reuniram em Luxemburgo e decidiram que é prioritário iniciar negociações para evitar uma guerra comercial. A ministra do Comércio da Holanda, Reinette Klever, afirmou que a calma é necessária e que contramedidas serão adotadas, se necessário.

Em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou que o bloco está pronto para negociar um pacto tarifário de "zero por zero" para produtos industriais e irá criar uma força-tarefa para monitorar os impactos das tarifas.

No mesmo dia, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, conversou com Trump, expressando preocupação sobre as tarifas e seus efeitos sobre investimentos no Japão. Ambos concordaram em manter um diálogo construtivo e iniciar novas negociações.

Trump defendeu suas tarifas dizendo que elas incentivariam a fabricação nos EUA, embora líderes mundiais busquem maneiras de convencê-lo a recuar. O impacto das tarifas levou a uma forte volatilidade nos mercados financeiros.

Mais de 50 países já se apresentaram para discutir os encargos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também deve se reunir com Trump sobre o assunto. Muitos economistas alertam que a implementação total das tarifas pode levar a economias globais à recessão.

Trump destacou que acordos futuros precisam eliminar déficits comerciais bilaterais. “Para mim, déficit é perda”, disse ele, reafirmando a abordagem de ter superávits ou, no pior caso, um equilíbrio.

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