UE se prepara para intensificar diálogo com países afetados pelas tarifas de Trump
União Europeia planeja intensificar diálogo com países afetados por tarifas dos EUA enquanto busca novas alianças comerciais. Medidas de retaliação estão em estudo, visando mitigar os impactos das novas tarifas anunciadas por Trump.
A União Europeia planeja intensificar o engajamento com países afetados pelas tarifas do presidente Donald Trump, buscando uma coordenação com nações como Canadá e Japão. O negociador comercial da UE, Maros Sefcovic, destacou a urgência devido ao risco de guerras comerciais.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, conversará com o primeiro-ministro canadense Mark Carney. As negociações comerciais entre Canadá, UE e EUA estão estagnadas, e tarifas punitivas entrarão em vigor em duas semanas.
Teresa Ribera, comissária de concorrência da UE, mencionou as negociações com a Índia que devem ser concluídas até o final do ano.
A UE também firmou um acordo provisório com a Indonésia, que enfrenta tarifas de 32% dos EUA. O presidente indonésio considerou o desfecho um “avanço” após dez anos de negociações.
A ministra da Indústria do Canadá, Mélanie Joly, ressaltou a necessidade de coordenação diante de um “governo americano imprevisível”. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou que a fragmentação comercial pode beneficiar a China.
A UE está preparando contramedidas, mas von der Leyen reafirmou que a preferência é por negociações. As medidas de retaliação foram suspensas até 1º de agosto. Caso não se chegue a um acordo, o impacto econômico é significativo, podendo reduzir o PIB da zona do euro em 1,2% até 2026.
Trump alertou a UE sobre uma tarifa de 30% a partir do próximo mês, a menos que novos termos sejam negociados. O clima de incerteza afeta expectativas sobre um possível acordo antes da data-limite.
O principal negociador da UE, Sefcovic, terá conversas com seus homólogos americanos ainda nesta segunda-feira.