Ultradireita de Israel tenta barrar cessar-fogo em Gaza; Hamas discute termos
Cessar-fogo proposto por Trump gera tensões no governo israelense e acirra debate sobre o futuro da Faixa de Gaza. Enquanto Hamas considera a proposta, a pressão por uma solução humanitária cresce entre a população e líderes israelenses.
Proposta de Cessar-Fogo
A proposta de cessar-fogo do presidente Donald Trump está sendo avaliada pelo grupo terrorista palestino Hamas e gera divisões no governo israelense do premiê Binyamin Netanyahu.
Trump anunciou que Israel concordou em encerrar a guerra na Faixa de Gaza, que começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Netanyahu ainda não se posicionou oficialmente, enquanto a ultradireita, liderada por Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), tenta barrar o acordo.
O chanceler Gideo Sa'ar pediu o fim da guerra, destacando a necessidade de liberar os reféns e que não se deve perder essa oportunidade.
Dos 255 reféns capturados, 50 estão em Gaza, com relatos de 28 já mortos. A situação humanitária já estava crítica, e a popularidade de Netanyahu diminuiu com os crescentes problemas decorrentes da guerra.
No último mês, cerca de 500 civis morreram devido a incidentes relacionados à ajuda humanitária, sendo a ONU crítica quanto à escassez dessa assistência.
O Hamas está discutindo os termos de Trump, que prevê um cessar-fogo de 60 dias, libertando metade dos reféns em troca de prisioneiros palestinos.
O impasse nas negociações gira em torno do status final do território. Enquanto o Hamas quer manter o controle, os EUA propõem que a Autoridade Nacional Palestina ou uma coalizão árabe assuma a administração.
A oposição em Israel apoia qualquer acordo que liberte os reféns, mas desconfia que Netanyahu queira apenas protelar a guerra devido ao seu julgamento por corrupção.