Ultradireita lidera primeiro turno das presidenciais da Romênia, mostram pesquisas
A Romênia elege novo líder nacionalista, George Simion, após anulação de eleição anterior. Apesar do forte apoio, especialistas indicam uma disputa acirrada no segundo turno em maio.
Romênia confirma virada nacionalista em nova votação, cinco meses após anulação do primeiro turno da eleição presidencial
O país, com 19 milhões de habitantes e membro da Otan, votou neste domingo (4) após suspeitas de interferência russa nas eleições de novembro.
Pesquisas de boca-de-urna indicam que George Simion, líder do partido nacionalista AUR, recebeu entre 30% e 33% dos votos. Dois candidatos pró-europeus seguem com 21% e 23%.
Simion declarou: “Juntos, escrevemos uma página da história hoje”, enquanto seus apoiadores gritavam: “Fora ladrões, vida longa aos patriotas”.
Entretanto, especialistas indicam que ele poderá ser derrotado no segundo turno, programado para 18 de maio, com uma disputa acirrada à frente.
No primeiro turno, onze candidatos disputaram a presidência, cargo cerimonial, mas influente na política externa.
A vitória de Calin Georgescu em novembro, um ex-funcionário acusado de ser pró-Kremlin, causou preocupação na Europa Ocidental e levou a Romênia à crise política.
O Tribunal Constitucional invalidou o primeiro turno e excluiu Georgescu, permitindo que Simion, que ficou em quarto lugar, fosse lançado como candidato.
Simion, que se considera “mais moderado” que Georgescu, critica os “burocratas não eleitos de Bruxelas” e é contra o envio de ajuda militar à Ucrânia.
Ele é um fã de Donald Trump e deseja ser o “presidente MAGA” da Romênia. Sua retórica atraiu apoio, especialmente de pessoas como Stela Ivan, que espera mudanças após décadas de domínio dos mesmos partidos.
Os candidatos da coalizão pró-europeia, Crin Antonescu e Nicusor Dan, estão empatados nas pesquisas com cerca de 21% e 23% dos votos, respectivamente. O primeiro-ministro social-democrata Victor Ponta segue atrás com 15%.