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Ultrafarma e Fast Shop contrataram ‘assessoria criminosa’ de fiscal da Fazenda, diz MP

Auditor fiscal é preso em esquema de corrupção que envolve consultoria tributária e grandes varejistas. Investigação revela aumento irreal do patrimônio da Smart Tax, questionando os laços entre empresas e o servidor.

Evolução Patrimonial da empresa Smart Tax, registrada em nome da mãe do auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, chama atenção por envolvimento em esquema de corrupção para recuperação de créditos tributários.

Nesta terça-feira (12), o fiscal e executivos da Ultrafarma e da Fast Shop foram presos na Operação Ícaro. A investigação, que segue com foco em outros grupos varejistas, teve início com a quebra de sigilo da Smart Tax.

A empresa, registrada em 2021, apresentou um expressivo aumento patrimonial, saltando de R$ 411 mil para R$ 46 milhões em 2022, e atingindo R$ 2 bilhões em 2024. O Ministério Público de São Paulo investiga a empresa, postulando que é uma empresa de fachada usada para repasses de propinas ao auditor fiscal, apontado como o “cérebro” do esquema.

Artur orientava as empresas sobre como obter ressarcimento de créditos de ICMS-ST, acelerando processos em troca de propinas, permitindo que furassem a fila de pedidos burocráticos.

  • Quebra de sigilo revelou a ligação da Ultrafarma com o auditor.
  • Centenas de e-mails entre Sidney Oliveira e Artur foram encontrados, indicando assessoramento ilegal.
  • Artur possuía certificado digital da Ultrafarma para protocolar pedidos.

O Ministério Público busca descobrir se outros auditores e empresas estão envolvidos no esquema. Medidas também serão discutidas com a Secretaria da Fazenda para revisar os procedimentos internos e facilitar restituições legítimas.

Nota da Secretaria afirmou que um procedimento administrativo foi aberto para apurar os atos do servidor envolvido e solicitou informações ao Ministério Público.

Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Fernando Dias

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