Um ano decisivo para as mulheres
Audiência do evento deverá impulsionar medidas concretas para promover a igualdade de gênero no Brasil. A conferência se apresenta como uma oportunidade de cobrar ações efetivas diante dos retrocessos evidenciados nas últimas décadas.
2025 marca 3 décadas da Plataforma de Ação de Pequim, uma agenda internacional contra as desigualdades de gênero, que continua a ser referência para governos e movimentos sociais.
No Brasil, a 4ª Conferência Nacional de Mulheres será uma oportunidade crucial para exigir ações concretas para combater a desigualdade de gênero, não apenas discursos.
A igualdade de gênero se tornou prioridade global, sendo parte dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A Declaração de Pequim, adotada em 1995 por 189 países, convoca a adoção de medidas para garantir os direitos das mulheres.
Trinta anos depois, o aniversário de Pequim nos convida a reconectar agendas, renovar compromissos e avaliar os avanços e retrocessos na luta pela igualdade de gênero.
Reveses conservadores, como o retrocesso em direitos reprodutivos nos EUA e a ascensão do antifeminismo, demandam vigilância e ação.
No contexto do BRICS, a Aliança de Mulheres Empresárias (WBA) destaca-se, mas é urgente destinar recursos e apoiar políticas para empreendimentos liderados por mulheres.
O empoderamento econômico é essencial, especialmente para mulheres negras, indígenas e periféricas que empreendem por necessidade.
A COP30, em Belém, deve promover a justiça climática com uma perspectiva feminista, apoiando iniciativas que envolvem mulheres na transição ecológica.
A 4ª Conferência Nacional de Mulheres precisa enfrentar violências políticas e exigir um orçamento com recorte de gênero e raça, além de acesso ao crédito e apoio a empreendimentos liderados por mulheres.
É vital transformação de sistemas que excluem mulheres, com justiça econômica, climática e de gênero no centro dos debates.