Um dos favoritos a suceder Francisco, número 2 do Vaticano será protagonista no conclave; entenda
Cardeal Pietro Parolin se destaca como potencial sucessor de Francisco e será responsável por conduzir o próximo conclave. A influência e experiência diplomática do cardeal são vistas como fundamentais em um momento crítico para a Igreja.
Cardeal Pietro Parolin, 70, secretário de Estado da Santa Sé, ganha destaque durante a internação do papa Francisco. Ele é o principal favorito para suceder o pontífice e comandará o próximo conclave.
Pela regra, o decano do Colégio Cardinalício organiza a eleição após a morte ou renúncia do papa. O atual decano, Giovanni Battista Re, 91, e o vice-decano, Leonardo Sandri, 81, não participarão por conta de suas idades. Assim, a tarefa passa a Parolin, o cardeal-bispo mais antigo entre os eleitores.
Parolin será responsável pela coordenação da dinâmica de votos na Capela Sistina, um papel crucial para alcançar os dois terços de votos necessários para eleger um novo papa. Atualmente, existem 135 eleitores, sendo 108 (80%) nomeados por Francisco.
Nascido na província de Vicenza, Parolin atua como secretário de Estado desde 2013 e é um diplomata experiente, tendo sido promovido por João Paulo II e Bento XVI. É considerado especialista em questões do Oriente Médio e Ásia, com notáveis acordos com a China e Vietnã.
Parolin, que já visitou o Brasil, é visto como uma figura moderada, amado por seus colaboradores e reconhecido por não entrar em conflitos. Ele não é considerado progressista em temas da Igreja e evita criticar publicamente as decisões de Francisco. Em relação à bênção a casais homossexuais, pediu mais estudos sobre o assunto.
Se Parolin vencer o próximo conclave, será um retorno de um papa italiano, algo que não acontece desde João Paulo I, em 1978. Ele é lembrado como uma opção equilibrada para o futuro da Igreja, segundo o vaticanista Andrea Gagliarducci.