Um mês após maior ataque hacker da história do país, BMP recuperou metade dos R$ 541 mi roubados

Após 40 dias do maior ataque cibernético no Brasil, a BMP Moneyplus recuperou metade dos R$ 541 milhões desviados, totalizando cerca de R$ 270 milhões localizados.

O Banco Central está organizando a repatriação do dinheiro, mas as empresas envolvidas foram desligadas do sistema Pix, dificultando a devolução tradicional.

A Polícia Federal e o Ministério Público estão rastreando as quantias dispersas entre contas falsas e criptomoedas, com informações de criptoempresas e dados do BC.

A C&M Software, provedora de serviços afetada, informou que a invasão ocorreu por meio de manipulação de funcionários, e um funcionário agora está preso.

Além da BMP, o Banco Industrial do Brasil e a cooperativa CrediAliança também foram impactados. A operação inicial desviou fundos para mais de cem contas em 29 instituições financeiras.

Entre os destinos dos valores, destacam-se empresas como Nuoro Pay, Soffy e Transfeera, que estão sob investigação por bloquear valores recebidos e comunicar o BC.

Em 15 de julho, a PF e o MP recuperaram R$ 5,5 milhões em criptoativos, ajudados pela empresa Tether, que colaborou fornecendo informações sobre as transações.

O técnico de TI João Nazareno Roque está preso, acusado de participação no ataque; o assessor parlamentar Jackson Renei Aquino de Souza também foi preso, encontrado com R$ 700 mil.

Cronologia dos eventos:

• 30 de junho: Ataque e desvio de R$ 1 bilhão.
• 1º de julho: Banco Central informado do ocorrido.
• 2 de julho: Inquérito da PF aberto.
• 3 de julho: Prisão de João Nazareno Roque.
• 4 de julho: Mais instituições financeiras suspensas do Pix.
• 11 de julho: Prisão preventiva de Roque.
• 15 de julho: Recuperação de R$ 5,5 milhões em criptoativos.
• 22 de julho: Prisão de Jackson Renei Aquino de Souza.
• 23 de julho: Prisão preventiva do assessor parlamentar.