Um mês após novas regras, desempenho de empresas de educação na Bolsa varia com dependência de cursos EAD
Empresas de educação enfrentam reações distintas após novo decreto sobre EAD. O impacto financeiro e a adaptação às novas regras variam conforme a exposição de cada instituição a cursos agora vetados.
Decreto de regras para EAD completa um mês nesta quinta-feira (19). O anúncio provocou queda nas ações de empresas de educação, enquanto o mercado ainda avalia o impacto das novas determinações.
Desempenho misto nas companhias após a reação inicial: enquanto a Cogna caiu 7%, a Yduqs subiu quase 10%. Fora do índice, a Vitru perdeu 13%, enquanto Cruzeiro do Sul e Ser Educacional tiveram altas de 17% e 20%, respectivamente.
O impacto depende da exposição de cada empresa a cursos afetados, como medicina e direito, que estão vetados do EAD. As novas regras exigem que graduações como enfermagem e psicologia adotem formatos semipresenciais e que pelo menos 10% da carga horária seja presencial.
Prazo para adequação é de dois anos, com proibição de novas matrículas para cursos vetados a partir de 19 de agosto. Instituições têm 90 dias após o decreto para descontinuar os programas proibidos.
De acordo com especialistas, as empresas precisarão investir em infraestrutura e tecnologia para se adaptar. O BTG Pactual indicou que a Vitru possui a maior exposição (40%), seguida de Cogna (37%) e Cruzeiro do Sul (28%).
Para as companhias, isso pode gerar impactos financeiros significativos. O Itaú BBA prevê compressão do Ebitda, sendo a Vitru a mais afetada, seguida de Ser Educacional e Cogna.
Analistas acreditam que o novo marco regulatório pode beneficiar o setor no médio e longo prazo, promovendo um mercado mais saudável e a consolidação das empresas.
Reações do setor: CFO da Yduqs acredita que estão bem preparados; CEO da Ser Educacional avalia que a norma ajudará na estruturação de cursos; a Ânima mencionou estar alinhada às exigências do novo marco.
Cogna, Vitru, e Cruzeiro do Sul não se pronunciaram até a publicação.