Um olhar construtivo para as bolsas no Brasil e na Europa
Investidores ajustam estratégias diante de incertezas nos EUA e oportunidades na China e Europa. Expectativas de crescimento aumentam para a bolsa brasileira, que atrai forte interesse internacional.
Impactos das Políticas dos EUA: No primeiro trimestre de 2025, o mercado debate o fim do excepcionalismo da economia americana, em meio à incerteza das políticas anunciadas nos EUA.
Decisões do Comitê: Elevamos nossas exposições em bolsa brasileira e europeia para o nível neutro. Mantivemos as exposições em renda fixa e preferimos papéis de inflação com juro real.
Otimismo fora dos EUA: Novos avanços em tecnologia na China, como o modelo de IA da DeepSeek, e estímulos fiscais na Alemanha elevam as expectativas de crescimento na Europa.
Bolsa Brasileira em Alta: O cenário favorável deve beneficiar a bolsa brasileira, que atraiu R$ 14,4 bilhões em ações estrangeiras no primeiro trimestre, resultando em uma alta de 8,3% do Ibovespa.
Expectativas Domésticas: A desaceleração econômica e a valorização do real diminuem a expectativa de alta da Selic, beneficiando setores sensíveis às taxas. Contudo, não esperamos captações líquidas significativas de investidores locais devido aos altos rendimentos da renda fixa.
Valorização dos Ações: O Ibovespa negocia abaixo da média histórica e de seus pares emergentes. Fatores como recompras de ações e baixo posicionamento de gestores podem impulsionar a demanda.
Excepcionalismo Americano: Políticas de tarifas e imigração nos EUA deterioram as expectativas de crescimento do PIB, gerando discussões sobre a moderação do excepcionalismo americano. A desvalorização do dólar pode beneficiar mercados emergentes.
Riscos no Radar: Disputas comerciais e receios de recessão nos EUA podem afetar globalmente as bolsas. Mantemos postura conservadora sem alocação em moedas.
Autor: Nicholas McCarthy, diretor de estratégia de Investimentos do Itaú Unibanco. Para contato: investimentos@itau-unibanco.com.br