Unicórnio esquecido? Para o BTG, VTEX é uma “rara oportunidade de compra”
Análise do BTG aponta que a recente queda no valor de mercado da VTEX representa uma oportunidade para investidores, com previsão de crescimento significativo em 2025. Os analistas destacam a resiliência da empresa e um potencial de valorização de quase 150% em relação ao preço atual das ações.
Incertezas macroeconômicas no Brasil e um resultado ruim no quarto tri de 2024 reduziram o valor de mercado da VTEX para menos de US$ 1 bilhão em março.
O BTG vê essa queda como uma “rara oportunidade” e reforçou sua recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 12—um potencial de 150% em relação aos US$ 4,86 atuais.
A ação subiu 6,5% após o relatório, cotada a US$ 5,18 na NYSE. O BTG acredita que a VTEX deve ter performance superior entre empresas de tecnologia em 2025, apesar da queda de 13% no ano.
Os analistas mencionam que o resultado negativo foi um solavanco, causado por uma base alta no ano anterior e uma redução pontual no consumo. Dois terços da receita da VTEX vem de take rates sobre o GMV, o que proporciona crescimento, mas também volatilidade em desacelerações econômicas.
Apesar do cenário incerto, dados recentes mostram crescimento no número de clientes gerando mais de US$ 250 mil em ARR, aumentando de 126 para 155.
Os analistas do BTG indicam que contratos com novos clientes na América do Norte e Europa podem impulsionar as expectativas de crescimento e reduzir o custo de capital.
A VTEX atualmente negocia a 2,7x EV/Sales e 4% de FCF yield, enquanto concorrentes com crescimento semelhante são negociadas a 7,3x EV/Sales e 2,4% de FCF yield.
Embora o câmbio seja incerto, o desconto atual nas ações da VTEX é considerado excessivo. A companhia vale US$ 970 milhões e teve uma queda de 36% nos últimos 12 meses.