Unificação de IR encarece títulos de acumulação de renda
Novas alíquotas de imposto e a unificação das aplicações podem desestimular a poupança de longo prazo, afetando investidores de diferentes perfis. Especialistas destacam a importância de equilibrar investimentos em renda fixa e previdência para garantir retornos no futuro.
Novo Imposto sobre Previdência
O governo brasileiro implementou um novo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 5% para aportes superiores a R$ 300 mil em planos de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) desde julho. A partir de 2026, esse imposto recairá sobre valores acima de R$ 600 mil.
Alterações na Tributação
A medida provisória 1.303, encaminhada ao Congresso, sugere uma alíquota única de 17,5% para aplicações de curto, médio e longo prazo, eliminando a atual tabela regressiva da renda fixa. Investimentos em títulos do Tesouro, como Renda+ e Educa+, podem ser prejudicados, desestimulando a poupança de longo prazo.
Implicações para Investidores
- Patricia Palomo destaca que a igualdade na tributação pode "desestimular a poupança de longo prazo".
- André Leite sugere que, com taxas acima de 7% ao ano, o Renda+ ainda pode ser vantajoso em relação ao INSS.
- Paulo Marques acredita que a mudança não afetará negativamente os títulos do governo na acumulação de longo prazo.
Resultados dos Títulos
Desde o lançamento, o Renda+ atraiu 335 mil investidores com R$ 6,4 bilhões. O Educa+, lançado em agosto, teve R$ 1,6 bilhão de investimento com 164 mil CPFs, incluindo 9,2 mil menores de 18 anos.
Perspectivas Futuras
O Tesouro Direto é elogiado por suas características de segurança e rentabilidade, com potencial para promover educação financeira na população através de iniciativas como a Olimpíada do Tesouro Direto.