HOME FEEDBACK

Universidades abrem mão de seus posicionamentos em momento tenso nos EUA

Universidades americanas limitam declarações oficiais sobre questões sociais e políticas após críticas do governo. A adoção de políticas de neutralidade revela o clima de medo e pressão entre os administradores acadêmicos.

Universidades adotam políticas de neutralidade

Nos últimos anos, instituições como Harvard, Cornell e a Universidade de Michigan expressaram-se por questões sociais e políticas, como a agressão russa à Ucrânia e a morte de George Floyd.

Entretanto, desde 2022, essas universidades começaram a implementar políticas que limitam declarações oficiais sobre eventos atuais.

Um relatório da Heterodox Academy indica que até o fim de 2024, 148 faculdades deverão ter adotado políticas de "neutralidade institucional". Esta mudança ocorre em meio a um maior scrutínio político e pressões do governo de Donald Trump sobre antissemitismo e diversidade.

Recentemente, o governo dos EUA retirou US$ 400 milhões da Universidade Columbia, afetando o clima no ensino superior.

As novas políticas afetam principalmente altos administradores, embora deixem espaço para opiniões pessoais dos docentes. Críticos afirmam que essa tendência é uma forma de evitar debates difíceis, com medo de repercussões indesejadas.

A reitora Patricia McGuire da Universidade Trinity Washington apontou que muitos reitores se sentem intimidados a permanecer em silêncio, temendo consequências semelhantes às enfrentadas por Claudine Gay, ex-reitora de Harvard.

Leia mais em folha