US$ 56 bi em aportes e “fundamental” para Petrobras: os efeitos da Margem Equatorial
Estudo revela potencial de investimentos e criação de empregos com exploração na Margem Equatorial. A licença do Ibama é crucial para que a Petrobras inicie a perfuração ainda este ano.
Estudo do Ministério de Minas e Energia: O secretário Pietro Mendes apresentou uma previsão de US$ 56 bilhões em investimentos, US$ 200 bilhões em arrecadação e mais de 300 mil empregos com a exploração na Margem Equatorial do Brasil.
A licença do Ibama para a Petrobras é crucial e precisa ser concedida até abril deste ano para que a perfuração se finalize até outubro, quando o contrato da sonda vencerá.
O mercado aguarda que, após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Japão, uma reunião com ministros e o presidente do Ibama resolva o impasse, o que poderia impulsionar as ações da Petrobras.
A exploração da Margem Equatorial é vital para a recomposição das reservas de petróleo no Brasil, que começarão a diminuir na próxima década.
Mendes ressaltou que o único impedimento do licenciamento é o tempo de resposta à fauna oleada, que a Petrobras está trabalhando com o novo Centro de Reabilitação de Despetrolização de Fauna (CRD), que poderá ser vistoriado a partir de 7 de abril.
O documento classifica a Margem Equatorial como um possível "novo pré-sal", semelhante às descobertas na Guiana e Suriname. O poço FZA-M-59 foi licitado com 30% para a Petrobras e 70% para a BP, que desistiu da parceria em 2021 devido à demora na licença ambiental.
Mendes informou que os recursos da Petrobras na bacia Foz do Amazonas são o dobro dos utilizados nas bacias de Campos e Santos, representando a maior estrutura de resposta do país. A Petrobras já investiu R$ 1 bilhão na perfuração do poço, com aluguel da sonda custando cerca de US$ 400 mil por dia.