Use com moderação: vejas dicas de especialistas em finanças para não se enrolar com o crédito consignado

Trabalhadores do setor privado agora têm acesso a um novo modelo de crédito consignado, semelhante ao que já era oferecido para aposentados e servidores públicos. O Crédito do Trabalhador permite empréstimos com desconto em folha através de uma plataforma do governo.

A concorrência entre os bancos promete taxas de juros menores, entre 2,99% e 4,99% ao mês. No entanto, analistas financeiros alertam que é essencial utilizar esse crédito com moderação.

Até agora, o programa liberou R$ 340,3 milhões em empréstimos, com 48.170 contratos firmados. Os dados mostram uma parcela média de R$ 333,88 e prazo médio de 21 meses.

O banco J.P. Morgan acredita que o programa só deve ganhar força após 25 de abril, quando bancos poderão oferecer o crédito em seus próprios aplicativos.

Os trabalhadores podem usar até 10% do FGTS como garantia ou 100% da multa rescisória. A análise de risco é feita por cada instituição, garantindo que as parcelas não ultrapassem 35% da renda do tomador.

Delber Lage, da SalaryFits, explica que taxas mais altas podem acontecer inicialmente devido à velocidade na concessão de crédito, o que impede uma análise profunda do risco.

Para quem não está em urgência, Luciana Ikedo, planejadora financeira, sugere esperar por condições melhores. Contudo, para quem está endividado, o consignado pode ser uma solução temporária para aliviar a dívida.

Os bancos necessitam de comparação de ofertas. Prazos para decisão podem variar de 24 horas a um mês.

A Caixa é o banco mais ativos, enquanto Banco Santander anunciou que também vai oferecer o crédito. O Nubank ainda não entrou na modalidade.

A Febraban afirma que novos produtos exigem testes e que a experiência do cliente será aprimorada ao longo do tempo.