‘Vai passar’, diz Haddad sobre projeto que amplia isenção do Imposto de Renda

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que projeto de lei para isenção de Imposto de Renda será aprovado pelo Congresso. O projeto beneficia trabalhadores com renda de até R$ 5 mil mensais. Haddad reconhece que o maior desafio é compensar a perda de arrecadação: “Vai passar... O difícil é fazer quem não paga pagar para compensar”.

Para equilibrar as contas, o governo propõe imposto mínimo sobre contribuintes com ganhos acima de R$ 600 mil anuais, com alíquota progressiva podendo chegar a 10% para rendimentos acima de R$ 1,2 milhão por ano. Haddad destaca que a medida atingirá 141,4 mil contribuintes de alta renda, que atualmente pagam uma média de 2,5% de imposto.

Haddad também menciona que o governo pretende isentar 20 milhões de pessoas, enfatizando a comparação com professores que pagam 10% de Imposto de Renda. “Por que um super-rico não paga?”, questiona o ministro.

Outro tema abordado foi a nova linha de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, chamada Crédito do Trabalhador, que utiliza o FGTS como garantia. Essa medida é vista como potencial impulsionadora da economia.

Sobre a inflação dos alimentos, Haddad expressa preocupação com o café e o ovo. Ele aponta que a demanda na Ásia pode impactar o preço do café, enquanto a alta do ovo relaciona-se a concentração de mercado e especulação. O governo investiga a situação enquanto prevê que a safra e a queda do dólar podem estabilizar outros preços.

Por fim, o ministro reforça que o governo não pretende taxar o Pix, esclarecendo que uma portaria da Receita Federal gerou confusão. A portaria foi revogada e uma Medida Provisória foi editada para garantir a gratuidade e o sigilo das operações via Pix.

Publicado por Felipe Dantas

Reportagem produzida com auxílio de IA