Vale a pena antecipar parcelas do saque-aniversário do FGTS? Veja juros e pontos de atenção

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é utilizado por muitos brasileiros para comprar imóveis, mas o acesso aos recursos depositados é limitado. Uma alternativa é o saque-aniversário, que permite ao trabalhador resgatar uma parte do montante anualmente.

Os bancos oferecem a antecipação dos saques, permitindo o acesso a esses valores em troca de juros. O trabalhador que optar por essa modalidade deve saber que, em caso de demissão sem justa causa, receberá apenas 40% do valor disponível no FGTS.

A antecipação é simples: o trabalhador adere pelo aplicativo do FGTS e pode contratar diretamente pelo app ou em agências bancárias. Os limites variam: algumas instituições antecipam até dez parcelas, enquanto outras oferecem até sete anos.

Diferente de empréstimos tradicionais, não há parcelas mensais a pagar. Os juros são descontados do saldo do FGTS. Essa linha de crédito geralmente tem juros de 1,5% a 1,6% ao mês, e a maioria dos clientes pode contratar mesmo estando negativado.

Comparando, a antecipação do saque-aniversário tem custos modestos em relação a outras modalidades: consignado do setor privado apresenta juros de 3,18% ao mês, enquanto o crédito pessoal não consignado pode chegar a 4,95% ao mês.

Contudo, é importante considerar que ao optar por essa linha, o trabalhador renuncia ao acesso ao seu FGTS, caso seja demitido. Em situações de necessidade urgente, como compra de bens para trabalho ou despesas médicas, o empréstimo pode ser vantajoso.

Além do Santander, outros bancos como Nubank, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal oferecem essa antecipação. A Caixa, pioneira no produto, informa que atende mais de 4 milhões de clientes desde o seu lançamento.

As taxas variam: a Caixa começa em 1,55% ao mês, o Itaú em 1,59% e o Nubank a partir de 1,29%. É crucial que o trabalhador avalie as condições e necessidades antes de tomar a decisão de antecipar o saque-aniversário.