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Vale diz que minério de ferro a US$ 100 pode destravar dividendos extraordinários

Vale considera a possibilidade de dividendos extraordinários dependendo da manutenção dos preços do minério de ferro. A prioridade, no entanto, é reduzir a dívida líquida antes de qualquer nova remuneração aos acionistas.

Marcelo Bacci, vice-presidente de Finanças da Vale, afirmou que "ainda é cedo" para discutir dividendos extraordinários.

Ele destacou que a manutenção do preço do minério de ferro pode permitir uma maior remuneração aos acionistas no segundo trimestre.

No balanço do segundo trimestre, a Vale reportou um lucro de R$ 12,1 bilhões e anunciou a distribuição de R$ 8 bilhões em juros sobre o capital próprio, que é o mínimo exigido pela política da empresa.

A viabilidade de pagamentos além do mínimo está sob análise, devido à instabilidade geopolítica e à recuperação das cotações internacionais, próximas a US$ 100 por tonelada.

A prioridade da empresa é reduzir sua dívida líquida de cerca de US$ 17 bilhões para US$ 15 bilhões antes de considerar dividendos extraordinários ou recompra de ações.

Bacci também comentou sobre o impacto das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando que apenas 3% da receita da Vale vem do mercado americano, sendo isenta de tarifas.

Além disso, a Vale analisa a compra da Bamin (Bahia Mineração), que enfrenta desafios logísticos. O governo Lula deseja que a Vale assuma o projeto, mas a viabilização depende de acordos para agregar outras cargas além do minério.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está envolvido em ajudar a encontrar uma solução para o projeto.

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